Luisa Geisler

Teoria geral do abandono literário

Luisa Geisler

13.03.18

Como escritor, é difícil definir quando um devaneio se torna um projeto. Quando uma ideia que ocorre no chuveiro de fato vira algo a ser escrito. E quando escrito, ou projetado, é difícil estabelecer quando se define que é viável. E existe um momento em que o escritor, ao devanear, por mais que queira escrever, decide que não, não é viável. Este momento me interessou. Saí à procura da teoria do fracasso/sonho/inacabado literário perfeito.

Capivaras

Luisa Geisler

29.03.17

Tenho mexido muito na ordem das cousas em Capivaras/Sem título. A narrativa conta a história de Olívia, que parte para a Irlanda à procura da mãe, que tem histórico de transtorno bipolar e de sumiços repentinos. A relação de Olivia com a mãe começa a chegar na curva em que os papeis se invertem: a filha cuida da mãe e corre atrás dela. A protagonista tem paranoias suficientes para crer que a mãe, e uma série de outras respostas, estará na Irlanda. Ao longo da narrativa, Olívia convive majoritariamente com outros brasileiros na Ilha Esmeralda e acaba aglutinando essas histórias.

O conforto beatnik

Luisa Geisler

06.08.12

Com três filmes sobre o tema ou em fase de pós-produção ou distribuição neste ano (Big Sur; Corso: the last beat e Na estrada), espera-se que os beatniks sejam um tema óbvio e contemporâneo. Eles avançaram além do movimento literário: tornaram-se um fenômeno social. Além disso, a lendária forma de pensar ainda seduz gerações de leitores em todo o mundo. Entretanto, é difícil parar e considerar até onde essa sedução faz algum sentido, hoje. Em 2012, tudo que os beats fizeram seria digno de uma rave. E ponto.