José Geraldo Couto

Mais forte que os clichês

José Geraldo Couto

08.04.16

Seria possível realizar hoje, nos Estados Unidos, dentro dos parâmetros do cinema comercial, um drama enxuto, adulto e inteligente, que não resvale para o previsível e convencional? Mais forte que bombas, do norueguês Joachim Trier, atesta que sim. Já em Juventude, de Paoo Sorrentino, o espetáculo visual ameaça sufocar a substância humana do drama, situando-se sempre na fronteira entre o estilo e a afetação, entre o grande cinema e um comercial da M. Officer dos anos 1990.

Epitáfio

Bernardo Carvalho

11.02.15

Amigos me disseram que Birdman, de Alejandro Iñárritu, era “contra tudo isso que está aí”, ou seja, o mundo das celebridades, das mídias sociais, da frivolidade e da superficialidade. Mas o filme é justamente “tudo isso que está aí”, repleto de personagens postiços que têm crises existenciais numa velocidade histérica. Um bom contraponto a Birdman é a exposição "Silence", de On Kawara, em cartaz no Guggenheim.

O lugar do artista em “Birdman” e “Grandes olhos”

José Geraldo Couto

30.01.15

Há filmes que parecem melhores do que efetivamente são e outros que são melhores do que parecem ser. Grandes olhos, de Tim Burton, está no segundo caso, e Birdman, de Alejandro Iñárritu, no primeiro. Sei que muitos discordarão, e terão como argumento a penca de indicações de Birdman ao Oscar. Ossos do ofício.