Daniel Pellizzari

Instantâneos da mente

Daniel Pellizzari

03.11.15

Cada vez mais parte considerável dos registros de um indivíduo são digitais, e aos poucos vamos usando esse material como uma espécie de cérebro externo, auxiliar. E se alguém tiver acesso a esse conteúdo após a nossa morte? Uma personalidade exposta, mecanismos mentais em estado bruto, tudo tão íntimo e em tantos aspectos tão diferente do que mostramos ao mundo, seja nas interações cotidianas ou no reality show cuidadosamente montado que transmitimos todos os dias pelas redes sociais. O que alguém deduziria a partir de tudo isso? Que retrato seu emergiria de uma intervenção dessas, leitora? Você está guardando tudo direitinho e em segurança, leitor?

Todo poder aos sovietes

André Conti

26.01.11

Oi, Daniel. Olha, acho o bode uma boa. Não gosto muito de frase tatuada, embora uma das minhas tatuagens ? a preferida, por sinal ? tenha um "It's aworld of pain" ali no meio do desenho, que é bem de cadeia. Gosto demais dessa tatuagem, fiz com dezesseis anos e lembro que muita gente me encheu o saco (é um cara com um buraco na barriga e o outro jogando sal na ferida). Um chapa dos tempos de BBS disse que a tatuagem tinha carma ruim, que eu ia ter uma vida dolorida. Nunca é fácil, pra ninguém.