José Geraldo Couto

A luz vem da Ásia

José Geraldo Couto

11.05.18

Chegam do Oriente dois filmes que, cada um a seu modo, exploram a natureza da imagem, seus sentidos, seus efeitos: o japonês Esplendor, de Naomi Kawase (destaque), e o coreano A câmera de Claire, de Hong Sang-soo.

Mergulho no raso

José Geraldo Couto

20.04.18

Submersão, novo filme de Wim Wenders, não é ruim, embora desprovido da inquietação autoral e do grão de estranheza que caracterizavam seu melhor cinema. Já O ter­ceiro assas­si­na­to transporta o japonês Hirokazu Kore-eda a um novo pata­mar.

Pesadelos contemporâneos

José Geraldo Couto

13.04.18

Não é toda semana que entram em cartaz novos filmes de três grandes autores em plena forma, como está acontecendo bem agora, com Roman Polanski (Baseado em fatos reais), Hong Sang-soo (O dia depois) e Kiyoshi Kurosawa (Antes que tudo desapareça). Cada um com sua poética pessoal e intransferível, eles ajudam a iluminar o desconcerto do indivíduo dentro de um mundo enlouquecido e esfacelado.

O jogo da imitação

José Geraldo Couto

25.11.16

À saída de uma sessão de Cazuza – O tempo não para (2004), o que mais se ouvia da boca dos espectadores era: “Incrível como o ator (Daniel de Oliveira) parece uma encarnação do Cazuza”. Com Elis, agora, acontece o mesmo. O filme do estreante Hugo Prata baseia toda a sua eficácia na impressionante semelhança física e gestual entre a atriz Andréia Horta e a cantora retratada.

Poesia convulsiva

José Geraldo Couto

20.05.16

O cinema japonês tem pelo menos três gênios incontestes: Kenji Mizoguchi, Yasujiro Ozu e Akira Kurosawa. São inteiramente distintos e complementares. Numa simplificação grosseira poderíamos dizer que o tom predominante de Kurosawa é o épico; o de Ozu, o lírico; o de Mizoguchi, o dramático. Uma preciosa caixa de DVDs que está chegando às lojas (e às poucas locadoras que resistem) permite conhecer melhor a esplendorosa filmografia de Mizoguchi (1898-1956).

O feijão e o filme

José Carlos Avellar

07.12.15

Em cartaz até o fim de dezembro no IMS-RJ, Sabor da vida, novo filme de Naomi Kawase, que apresenta uma história e estilo narrativo muito suave. Mas a obra não é feita só de harmonia: é marcada por um drama que se passa fora de quadro. O espectador não é chamado a sofrer o que os personagens sofrem. Vive e sofre numa outra dimensão, paralela, solidária, mas outra.

Trapaça e os malandros com gravata e capital

José Geraldo Couto

14.02.14

Para José Geraldo Couto, a chuva de indicações ao Oscar para Trapaça talvez diga muito sobre a pobreza da produção e dos critérios da Hollywood atual. Ao público mais exigente, recomenda com entusiasmo ver ou rever o clássico de Yasujiro Ozu, Era uma vez em Tóquio.

Em janeiro de 1964

José Carlos Avellar

15.01.14

José Carlos Avellar escreve sobre o mundo do cinema no Brasil no início de 1964, com destaque para Cleópatra e Harakiri, dois filmes que estrearam no país nesse ano. Ambos serão exibidos no IMS-RJ no próximo final de semana, abrindo a série dedicada a filmes importantes do ano do golpe militar, parte da programação do Instituto sobre os 50 anos de 1964.