Bernardo Carvalho

Os mortos-vivos

Bernardo Carvalho

17.06.14

A arte contemporânea reitera o que o espectador já sabe ou já viu, e passa a ser uma arte da explicação e do reconhecimento, escreve Bernardo Carvalho. O espectador a entende e a acha original na medida em que a reconhece como uma ilustração mais ou menos engenhosa dos discursos que circulam no mundo. A pintura figurativa de Michaël Borremans, ao contrário, não diz, não ilustra nem explica nada. É o mundo que morre e renasce com ela.