Paulo Raviere

A diversidade do insulto

Paulo Raviere

26.06.18

A eficiência de um insulto depende do contexto e da performance. Muito provavelmente, os insultos mais criativos se dissolveram logo depois de pronunciados: os melhores, além de perfurantes, são espontâneos. No entanto, ainda que muitas vezes preteridos no registro, alguns insultos memoráveis nos foram legados. Sua diversidade, portanto, se faz digna de exame.

Grande sertão: veredas sessentão

Elvia Bezerra

18.07.16

Grande sertão: veredas, romance de Guimarães Rosa, está completando sessenta anos. Em junho, o Clube de Leitura do IMS leu a obra sob orientação do professor Eduardo Coutinho. Em palestra disponível em áudio integral e apresentada aqui por Elvia Bezerra, coordenadora de internet do IMS, o professor ressalta a tríplice travessia que se percorre no livro.

O belo e o feio na mostra de SP

José Geraldo Couto

22.10.13

A Fuller life, documentário sobre o genial Samuel Fuller (foto) feito por sua filha, e O grande mestre, em que Wong Kar Wai troca o amor pelo kung fu como tema, são destaques da mostra de cinema de São Paulo. Entre os bons brasileiros estão os filmes de Ivan Cardoso, duas obras recentes de Helena Ignez e De menor, da estreante Caru Alves de Souza, que aborda a redução da maioridade penal.

Há arte demais no mundo

José Geraldo Couto

25.08.11

Claro que todo mundo tem o direito de expressar seus sentimentos - e ressentimentos -, suas ideias banais ou extravagantes sobre a vida na terra. (...) Mas a arte, a arte é outra coisa. Basta ler uma estrofe de João Cabral de Melo Neto, ou um parágrafo de Guimarães Rosa, ouvir uma frase musical de Tom Jobim, ver um travelling de Stanley Kubrick, para imaginar quanto de esforço intelectual, quanto de educação dos sentidos foi investido ali, para além do talento natural de seus criadores. Temo que me chamem de elitista, acadêmico ou passadista, mas concordo com o artista plástico Luiz Paulo Baravelli, que uma vez declarou que "há arte demais no mundo".

A literatura e o indizível

José Geraldo Couto

14.07.11

Estou pensando em Graciliano Ramos e seu Fabiano, de Vidas secas. Ou em Clarice e sua Macabéa, em Guimarães Rosa e seu Riobaldo, em J. M. Coetzee e seu Michael K. Veja que são autores muito diversos entre si, mas que tentam de um modo quase desesperado uma ponte de linguagem com esse outro afásico, impenetrável. Você de certo modo fez isso num conto como "Um discurso sobre o método", não é verdade?