José Geraldo Couto

Amor e morte segundo Haneke

José Geraldo Couto

18.01.13

No pequeno teatro de Amour se desenrola a mais universal das tragédias, a erosão da carne e do intelecto, a condição finita e frágil da vida. À diferença dos melodramas vulgares, Haneke não enfrenta essa barra alternando agradavelmente momentos de drama e humor, de violência e ternura. É tudo ao mesmo tempo, somado, entretecido, depurado.

Almodóvar, a pele e a alma

José Geraldo Couto

07.11.11

Ao que parece, alguns críticos torceram o nariz para o novo Almodóvar, A pele que habito. Como este é um daqueles casos em que não se pode ficar em cima do muro, vou logo dizendo que adorei. (...) Almodóvar elude as possibilidades burlescas de seu enredo. Ele não fez uma chanchada, fez uma elegia, em que a música sinistra, a predominância do claro-escuro e a atuação constrita de Banderas induzem a um sentimento de luto, de perda irreparável, análogo ao hitchcockiano Um corpo que cai.