José Geraldo Couto

Os sonhos geométricos de Antonioni

José Geraldo Couto

20.04.17

Quando se fala em modos de apreensão do espaço-tempo diferentes daquele do cinema narrativo clássico, herdeiro do romance realista do século XIX, um nome que sempre vem à tona é o de Michelangelo Antonioni, um dos expoentes do cinema moderno. A boa notícia é que o Centro Cultural Banco do Brasil apresenta a partir do próximo dia 26 em São Paulo e no Rio uma retrospectiva completa da obra do diretor italiano. No mês que vem a mostra chega também a Brasília.

Paterson, Pitanga e poéticas

José Geraldo Couto

24.10.16

No oceano de filmes da Mostra de São Paulo, muita gente escolhe o que vai ver com base nas sinopses divulgadas na imprensa ou no catálogo da própria mostra. Nesse contexto uma obra como Paterson, de Jim Jarmusch, tende a ficar em segundo plano, mas é uma pequena joia escondida em meio ao brilho falso de bijuterias mais vistosas. Igualmente revigorante, mas por motivos quase opostos, é Pitanga, de Beto Brant e Camila Pitanga. Não se trata propriamente de um documentário sobre, mas sim com Antonio Pitanga. 

A aventura mora ao lado

José Geraldo Couto

07.10.16

José Geraldo Couto compartilha suas apostas para o Festival do Rio 2016 e resenha o filme argentino No fim do túnel, um policial intrincado e violento que transita entre um realismo cru e uma atmosfera por vezes onírica (de pesadelo, no caso) com uma segurança narrativa admirável.

‘Amantes eternos’ e zumbis efêmeros

José Geraldo Couto

22.08.14

Em seu mais recente filme, Amantes eternos, Jim Jarmusch reinventa o mito do vampiro, transformando o casal protagonista em um depósito do que a cultura humana produziu de melhor ao longos dos milênios. A ambientação da trama na decadente Detroit, por sua vez, é metafórica de uma profunda crise na civilização atual e muito adequada à melancolia predominante no filme.

Movimento e paralisia no novíssimo cinema brasileiro

José Geraldo Couto

10.05.13

José Geraldo Couto comenta dois filmes nacionais que acabam de entrar em cartaz: O que se move, uma tragédia em três atos independentes e interligados pelo motivo recorrente da perda, e Cores, sobre um trio de jovens estagnados em um cotidiano sem perspectivas.