Samir Machado de Machado

Tupinilândia

Samir Machado de Machado

28.03.18

Tupinilândia é um pouco sobre uma infância que parece colorida e divertida quando vista em retrospecto, exceto que o país era uma ditadura, a violência urbana era tão ou mais forte que a atual, AIDS era uma palavra proibida e a economia ia tão mal quanto o casamento dos meus pais.

Tirolesa

Sérgio Rodrigues

20.03.18

Primeira vista traz textos de ficção inéditos, escritos a partir de fotografias selecionadas no acervo do Instituto Moreira Salles. O autor escreve sem ter informação nenhuma sobre a imagem, contando apenas com o estímulo visual. Neste mês Sérgio Rodrigues foi convidado a escrever sobre uma foto de José Medeiros, tirada no Rio de Janeiro por volta de 1950.

A sina do menino infeliz

José Geraldo Couto

09.03.18

Torquato Neto – Todas as horas do fim chega aos cinemas com a história do artista multimídia avant la lettre (poeta, compositor, cronista, ator, cineasta) morto por suicídio em 1972 aos 28 anos. Não foi uma vida comum, não foi uma arte pequena. Vários lances da intensa e acidentada trajetória do piauiense passam em algum momento pela sombra ameaçadora da morte.

Sobre Victor Heringer

Equipe IMS

08.03.18

O poe­ta, pro­sa­dor e ensaís­ta Vic­tor Herin­ger nos dei­xou em 7 de mar­ço de 2018. Como peque­na home­na­gem, o Blog do IMS con­vi­dou ami­gos, cole­gas e admi­ra­do­res a con­ce­de­rem depoi­men­tos cur­tos, aqui publi­ca­dos na com­pa­nhia de alguns de seus tra­ba­lhos.

Amor,

Antônio Xerxenesky

22.02.18

Todo mês a seção Primeira vista traz textos de ficção inéditos, escritos a partir de fotografias selecionadas no acervo do Instituto Moreira Salles. O autor escreve sem ter informação nenhuma sobre a imagem, contando apenas com o estímulo visual. Neste mês de fevereiro, Antônio Xerxenesky foi convidado a escrever sobre uma foto de Henri Ballot tirada em Nova York em 1961, uma das imagens expostas em O caso Flávio.

Enterre seus mortos

Ana Paula Maia

15.02.18

Fazia tempo que eu não passava algumas horas por dia com o Edgar Wilson, personagem que está presente na maioria dos meus livros. Ele sempre volta e eu sempre o conheço um pouco melhor. Eu queria falar sobre homens e animais, assunto recorrente para mim. Mas dessa vez eles estão mortos e eu só poderia falar de algo assim seguindo os passos dele, de Edgar Wilson, porque ele ampara todo o meu assombro.

O poeta Manuel Bandeira (1886-1968)

“Evocação do Recife”, uma leitura

Equipe IMS

29.01.18

Para Elvia Bezerra, coordenadora de literatura do IMS, o privilégio de quem assiste à aula de Eucanaã Ferraz sobre o poema "Evocação do Recife", de Manuel Bandeira, agora disponível em vídeo aqui no Blog, "é descobrir, e sentir, com ele, o quanto a geografia pessoal de Bandeira se universaliza e, por isso mesmo, nos comove".

Rifle

Lucrecia Zappi

18.01.18

Todo mês a seção Primeira vista traz textos de ficção inéditos, escritos a partir de fotografias selecionadas no acervo do Instituto Moreira Salles. O autor escreve sem ter informação nenhuma sobre a imagem, contando apenas com o estímulo visual. Neste mês de janeiro, Lucrecia Zappi foi convidada a escrever sobre uma foto de Madalena Schwartz, da série Transformistas (circa 1975).

Cony por inteiro

Guilherme Freitas

06.01.18

Em 25 de outubro de 2001, Carlos Heitor Cony recebeu uma equipe do IMS para uma longa entrevista. A conversa foi publicada na edição dos Cadernos de Literatura Brasileira dedicada ao autor, lançada no fim daquele ano. Em homenagem a Cony, morto no dia 5 de janeiro de 2018, aos 91 anos, o IMS coloca à disposição dos leitores, em formato digital, a íntegra do caderno, que traz ainda estudos sobre sua obra, depoimentos de amigos e trechos de livros.

Nunca mais outra vez noutra sombra

Evandro Affonso Ferreira

29.11.17

Sempre que escrevo um livro deixo título provisório na gaveta do criado-mudo: sei que mais cedo, mais tarde, aparece o título definitivo. Foi o que aconteceu dois meses atrás quando atravessava uma rua de São Paulo. Calor infernal. Fico ao lado de poste cuja sombra tinha meio metro, mais ou menos. De repente, moça-morena-bonita pega carona nela, minha sombra. Ela percebe a invasão. Sorri. Sinal abre. Ela atravessa a rua correndo. Eu fico. Abro minha sacola de pano, pego papel, caneta e anoto: Nunca mais outra vez noutra sombra.