Mariana Lage

Escrita, nomadismo e queer

Mariana Lage

25.09.17

Em Argonautas, Maggie Nelson (foto) trabalha com o indizível da experiência e o avesso das palavras. A escrita, apesar de ferramenta para demarcar ou evidenciar o nomadismo, será sempre insuficiente diante da movência do que existe. As palavras se movem, os sentidos se alteram, as peles, os gêneros e os sexos se desdobram de um jeito particular, inaudito.

Tradução, poética do improvável

Rogério Bettoni

10.11.16

Talvez essa seja a primeira lição que a gente aprende quando começa a traduzir: que tradução é “quase a mesma coisa”, princípio que dá título a um livro de Umberto Eco sobre o tema. E qualquer livro que caia nas mãos de um tradutor iniciante será um desafio de redescoberta da linguagem e de suas possibilidades, seja um livro de autoajuda, um romance cor-de-rosa ou um texto de filosofia.

Faces de Oppenheimer

Antônio Xerxenesky

11.01.16

Robert Oppenheimer: A Life Inside the Center, de Ray Monk, é a mais recente biografia sobre o cientista norte-americano, que já teve sua vida dissecada em vários outros livros. O triunfo de Monk está na sua prosa cuidadosa e fluente, e em tratar Oppenheimer como se fosse um multifacetado personagem de ficção. Oppenheimer é o enigma, Ray Monk é o detetive, o leitor é seu cúmplice.