Fabio Frohwein

Poesia obscena no acervo Tinhorão

Fabio Frohwein

03.08.12

Mas, não fosse a raridade bibliográfica, que importância teria esse livrinho de um poeta esquecido pela maioria dos estudiosos de literatura brasileira? Apesar de sérios problemas tipográficos e textuais, o que não convém aqui discutir, Poesias livres é um dos poucos testemunhos da poesia obscena do nosso oitocentos, ao lado das edições de Elixir do pajé e da Origem do mênstruo, do também romântico Bernardo Guimarães.

Em matéria de monstro

Aldir Blanc

24.11.11

Antes da esculhambação que darei num (in)certo poder de nossa pátria amada, ficaram faltando dois causos envolvendo aviões: na década de 70, em plena ditadura, João Bosco e eu passávamos pela vistoria de bagagem no aeroporto de Manaus, Zona Franca em todos os sentidos. Eu havia comprado uma pequena filmadora. Durante a revista, apareceu um sujeito grandalhão, de terno, com bigodes de Zapata, e mostrou a carteira de policial: - João Bosco e Aldir Blanc? Amigo, não sei o que o João sentiu. Para mim, foi igual ao momento gelado na coluna quando foi aplicada a morfina, antes de minha cirurgia de fêmur.

David Foster Wallace e LCD Soundsystem – por Antônio Xerxenesky

Antônio Xerxenesky

17.11.11

O dilema de DFW reside em como compor um texto que ao mesmo tempo reconheça as inovações formais dos modernistas sem esquecer as grandes questões morais dos realistas do século XIX. O dilema de James Murphy, do LCD Soundsystem, está em criar canções que falem ao coração do ouvinte, lutando com todas as unhas contra a autoconsciência paralisante de um artista que sabe muito bem que suas canções são mesclas calculadas de suas influências musicais e que utilizam recortes de outros músicos.