Antônio Xerxenesky

Amor,

Antônio Xerxenesky

22.02.18

Todo mês a seção Primeira vista traz textos de ficção inéditos, escritos a partir de fotografias selecionadas no acervo do Instituto Moreira Salles. O autor escreve sem ter informação nenhuma sobre a imagem, contando apenas com o estímulo visual. Neste mês de fevereiro, Antônio Xerxenesky foi convidado a escrever sobre uma foto de Henri Ballot tirada em Nova York em 1961, uma das imagens expostas em O caso Flávio.

O fator humano

José Geraldo Couto

16.12.16

Diante de um filme como Sully, de Clint Eastwood, o espectador ingênuo tem a impressão de que tudo estava dado de antemão – o acontecimento real, os personagens, o drama – e de que bastavam os recursos materiais e tecnológicos disponíveis em Hollywood para colocar essa história na tela. “Com um material desses, qualquer um poderia ter feito esse filme”, diria ele. Ledo engano.

Estado de graça

José Geraldo Couto

26.08.16

O que há de novo em Café society, filme mais recente de Woody Allen? A rigor, talvez nada. Mas, mais do que suma, talvez uma palavra melhor seja depuração. O cineasta parece ter podado as arestas de ansiedade, a incontinência verbal que às vezes fazia as palavras darem a impressão de não caber na imagem e no ritmo de seus filmes. Aqui tudo flui com uma segurança e uma elegância que alguns grandes artistas encontram em suas obras de maturidade.

Scorsese e o dinheiro como droga pesada

José Geraldo Couto

24.01.14

Brutalidade e humor: José Geraldo Couto escreve sobre o lançamento O lobo de Wall Street, de Martin Scorsese. "Caracteriza seu melhor cinema, marcado por histórias de ascensão meteórica, queda vertiginosa e redenção possível de personagens que, por um motivo ou por outro, "saíram da casinha" e embarcaram numa espiral de autodestruição".

Jazz em NYC

Sylvio Fraga Neto

20.09.11

O primeiro que frequentei foi o Village Vanguard, por onde tantos imortais passaram - penso imediatamente em Bill Evans gravando ali, piano-solo, I loves you, Porgy, acompanhado por leves toques de talheres de pessoas jantando em 1960, o que me leva a Miles tocando a mesma música e de novo a Miles tocando Someday my prince will come, música da Branca de Neve cercada de passarinhos e bichinhos da floresta, quando Evans ainda era de seu grupo e quando o trompetista disse, ao colocar um branco na sua banda, "the best mother fucker to ever play the piano" e Evans anos depois tocando a música com seu trio.