Leonardo Villa-Forte

Políticas do grafite

Leonardo Villa-Forte

30.01.17

O grafite – antes de qualquer debate sobre ser ou não arte –  é uma ação política, e não só pelo que pode dizer ou representar, mas por sua própria natureza: uma inscrição sobre um local não previamente designado para tal. A imprevisibilidade é, antes de tudo, um índice de humanidade. Uma cidade totalmente previsível, onde nada escapa, nada sai do lugar, não é uma cidade limpa, mas uma cidade triste.

Brasil, capital Paris

Carla Rodrigues

29.06.16

Carla Rodrigues comenta dois livros recém-lançados que, à primeira vista, em nada se parecem: A tortura como arma de guerra, da jornalista Leneide Duarte-Plon, e Gênero e trabalho no Brasil e na França, coletânea de artigos organizada pelas pesquisadoras Alice Abreu, Helena Hirata e Maria Rosa Lombardi. Ainda que discutam temas muito distintos. ambos os livros têm em comum o debate das difíceis e intrincadas relações do Brasil com a França, em relação a quem o país ocupa uma posição ambígua.

Paris-Japão

Equipe IMS

13.06.16

Na semana em que a exposição de Haruo Ohara está de mudança do Museu de Arte de Kochi para o Museu de Arte de Itami, no Japão, o acervo fotográfico do Instituto Moreira Salles amplia suas fronteiras de visitação pública com a abertura nesta terça-feira (14/6) na Maison Européenne de la Photographie, em Paris, da primeira grande retrospectiva da obra de Marcel Gautherot fora do Brasil. A experiência de trabalho conjunto com pesquisadores de fora do país é, para Sergio Burgi, uma tentativa de entender a produção fotográfica no Brasil num contexto globalizado.

Paris, o dia seguinte

Equipe IMS

21.11.15

Na noite de 13 de novembro, em Paris, Alex Majoli estava com um amigo no restaurante Chez Omar, a apenas duas quadras da casa de shows Bataclan. O fotógrafo da agência Magnum estava sem sua câmera, e fez alguns registros com o celular. No dia seguinte, câmera em mãos, saiu às ruas da capital francesa para registrar a reação das pessoas e a atmosfera nos arredores dos locais onde ocorreram os atentados terroristas levados a cabo pelo Estado Islâmico.  O site da ZUM apresenta uma seleção dessas imagens e um vídeo feitos pelo fotógrafo italiano.

A cidade como autorretrato

Maurício Lissovsky

30.10.14

Na década de 1930, a cidade de Cuzco foi fotografada por Martín Chambi e Buenos Aires por Horacio Coppola. Em Chambi, a câmera projeta sobre o mundo a memória, como se o registro arcaico recobrisse a atualidade. Em Coppola, a câmara se volta para dentro de si própria, para este olhar visionário que permite antever a essência de uma cidade moderna.

Da fenêtre vê-se o Redentor

Paulo Roberto Pires

04.09.13

Maxixe, samba, marchinha e até chanson, no espírito do cabaré 100% brasileiro: Paulo Roberto Pires apresenta o conceito do show Da fenêtre vê-se o Redentor, com Cida Moreira.

Vozes de Brasília – quatro perguntas a João Almino

Equipe IMS

24.08.11

Autor de cinco livros que tem a cidade de Brasília como pano de fundo das narrativas, o diplomata e escritor brasileiro radicado na Espanha João Almino foi anunciado no começo desta semana como vencedor do 7º Prêmio Zaffari & Bourbon de Literatura. Cidade livre, o livro premiado, tem como protagonista um jornalista e conflitos que se passam nos primeiros anos da cidade, retratando a vida dos operários envolvidos na construção da cidade.

Todas as primaveras

José Geraldo Couto

04.08.11

Puxa, você esteve em Paris em maio de 68 e em Praga na primavera do "socialismo com rosto humano" - e voltou com essas coisas todas na cabeça para o sombrio Brasil dos generais. É sempre temerário fazer paralelos entre a obra de um artista e sua vida pessoal, ou deduzir aquela desta, mas não posso deixar de ver uma coerência profunda entre a tua vivência de experiências de liberdade e o caráter essencialmente libertário da tua literatura.

Se um de nós dois morrer – quatro perguntas a Paulo Roberto Pires

Equipe IMS

30.06.11

"Eu abandonaria meu livro no cemitério de Montparnasse, o que já justificaria uma viagem a Paris. Mas veria com muito bons olhos esquecê-lo, de forma cuidadosamente displicente, num bar de Paraty semana que vem, durante a Flip. Acho que o livro encontraria o destino de Théo."