Alfredo Ribeiro

O que as retrospectivas não mostram

Alfredo Ribeiro

21.12.18

2018 termina carimbado como o ano das fake news, todavia sem prejuízo para a divulgação concorrente de fatos irrelevantes, uma tradição que nasceu e vem crescendo junto com a internet. Desde a virada do século coleciono esse tipo de informação desnecessária, cuja retrospectiva a cada virada de ano dá uma boa ideia da insignificância dos acontecimentos nos tempos que vivemos.

Onde vivem os Dinobots

Daniel Galera

13.09.17

Para além do apelo comercial e atrativos estéticos, talvez os robôs-dinossauro do game Horizon: Zero Dawn e do filme Transformers: A era da extinção indiquem um conjunto de ansiedades contemporâneas.

Quando as palavras mudam

Carla Rodrigues

08.05.17

Se era verdade que a escolha de cada significante dizia alguma coisa a meu respeito, hoje praticamente posso escrever mensagens de texto inteiras em que a escolha das palavras se dá pelos algoritmos que ensinaram o sistema a repetir o meu repertório. O ato falho vai sendo, assim, substituído pelo erro do “autocompletar”. Se com Freud havíamos aprendido a “repetir, elaborar, recordar”, um século depois talvez a tríade esteja sendo superada por novas formas de submissão aos algoritmos.

Ficção e reportagem

José Geraldo Couto

11.11.16

Mais do que retratar um “herói ou traidor” (segundo o apelativo subtítulo brasileiro), Snowden, novo filme de Oliver Stone, tem o mérito de expor alguns dos temas cruciais de nossa época: a ruptura das fronteiras entre o privado e o público propiciada pela internet, o uso da tecnologia da informação para o controle social e político, as tensões geopolíticas e as guerras remotas, a promiscuidade entre poder institucional e grandes corporações, a margem estreita para a atuação de uma mídia independente etc.

Retrato do artista

Eucanaã Ferraz

15.09.14

Esta fotografia de Hans Gunter Flieg foi criada como publicidade de uma nova calculadora eletrônica produzida pela Olivetti. Mas, sem qualquer legenda, o que a imagem nos diz? Livre do contexto para a qual foi produzida, deixa mais patente sua construção e sua força expressiva.

Ela e o mal-estar do simulacro

José Geraldo Couto

25.02.14

"Ninguém poderá acusá-lo de estar alheio a questões centrais do cotidiano e do imaginário de nossa época", afirma José Geraldo Couto sobre Ela, de Spike Jonze, cujo protagonista apaixonado trafega "na corda bamba entre a sanidade e a bizarrice".