José Geraldo Couto

Hugo Cabret e a máquina do mundo

José Geraldo Couto

20.02.12

A ideia da sociedade humana como engrenagem é introduzida logo no início de Hugo, quando a imagem do mecanismo do imenso relógio da estação de trem se funde com a tomada aérea das ruas de Paris, numa deslumbrante sequência de fantasia moderna que faz pensar em Tim Burton. O relógio, o autômato, os brinquedos da loja de Méliès, os trens, a estação, a cidade - tudo é engrenagem. O próprio Hugo fala a certa altura do receio de ser uma peça descartável na máquina do mundo e da esperança de que sua vida tenha um propósito.