Ricardo Piglia: falsificações em cadeia
Joca Reiners Terron
21.08.12
Ricardo Piglia vem pavimentando a recepção crítica da própria obra ficcional desde o início de sua carreira. Em que momento, porém, sua produção como crítico literário suplantou o interesse despertado por seus relatos? Ou melhor: terá havido um instante em que ambas vertentes, a crítica e a puramente ficcional, confluíram para um único leito narrativo, e em consequência produzir contos e romances ou aquilo que se espera de textos assim denominados tornou-se incoerente?
É proibido proibir, mas não opinar
José Geraldo Couto
01.09.11
Que fique claro: não estou criticando esta nova situação, nem lamentando nostalgicamente o fim da arte do passado. Para mim, a maior babaquice é suspirar pela "Arte", ou pelo "Belo", escritos assim, com maiúsculas, e vistos como entidades abstratas, a-históricas. Penso que cada obra de arte - ou cada objeto estético, cada artefato expressivo, cada manifestação material do espírito, como quiserem chamar - cria suas próprias regras, sua própria lógica, seus próprios critérios e valores. Se conseguir tocar a sensibilidade e a inteligência de outros, muito bem. Se não conseguir, paciência.
Forma breve – quatro perguntas a Ricardo Piglia
Equipe IMS
17.08.11
"Como lê quem escreve ficção?" Esse é o ponto de partida do meu trabalho. Sempre me interessei mais pela experiência do escritor como professor. Borges claro, mas também Valéry, Nabokov, Michel Butor, Saer. Nos escritores por quem me interesso há sempre uma matriz didática. É daí que nasce a vanguarda.