José Geraldo Couto
Como mergulhar em Blow-up
José Geraldo Couto
09.12.16
Há duas maneiras, não necessariamente excludentes, de ver Blow-up (1966), a obra-prima de Michelangelo Antonioni que volta em cópia restaurada aos cinemas brasileiros no ano em que completa meio século de idade. A primeira abordagem atentaria para aquilo que, no filme, serve como retrato de sua época. Visto assim, seria apenas um documento histórico, uma encantadora peça de museu. Mas há um modo mais produtivo de mergulhar nesse filme imenso e buscar as razões de sua persistente vitalidade.