Filmes shakespearianos
Roberto Rocha
30.11.16
Laurence Olivier, no prefácio que escreveu para a edição do roteiro de seu filme Henrique V (1944), afirma que “Shakespeare, de certa forma, escreveu para o cinema”. Olivier argumenta que, mais do que qualquer outra forma de escritura dramática, o teatro shakespeariano se prestaria, pelas suas próprias características formais, ao tratamento cinematográfico. Que características seriam essas? Roberto Rocha explica.
Mais forte que os clichês
José Geraldo Couto
08.04.16
Seria possível realizar hoje, nos Estados Unidos, dentro dos parâmetros do cinema comercial, um drama enxuto, adulto e inteligente, que não resvale para o previsível e convencional? Mais forte que bombas, do norueguês Joachim Trier, atesta que sim. Já em Juventude, de Paoo Sorrentino, o espetáculo visual ameaça sufocar a substância humana do drama, situando-se sempre na fronteira entre o estilo e a afetação, entre o grande cinema e um comercial da M. Officer dos anos 1990.
A real dimensão do pequeno, o pequeno alcance do muito grande
José Carlos Avellar
17.05.15
José Carlos Avellar continua a sua cobertura do festival de Cannes, desta vez comentando os filmes de Gus van Sant, The sea of trees, e de Philippe Garrel, L'ombre des femmes. O primeiro é uma narração mais perto da tradição formada nas ideias de alta definição e de alto espetáculo. O segundo está mais próximo de um gesto essencialmente cinematográfico, embora de aparência simples, despretensiosa, de um relato cotidiano.