José Geraldo Couto

A alegria de dizer “não”

José Geraldo Couto

28.12.12

O que há de mais interessante em No, de Pablo Larraín, é seu caráter ambivalente, tanto em termos políticos como estéticos. Há, por um lado, um aspecto bastante convencional no filme, que é o de sobrepor a trajetória do herói individual às contingências da história. Por outro lado, é uma obra politicamente fecunda por escancarar um processo que vem se espalhando pelo mundo afora nas últimas décadas, a saber: o esvaziamento da discussão política, substituída pelo primado do marketing.