José Geraldo Couto

Cinema líquido

José Geraldo Couto

21.07.17

De canção em canção, o novo filme de Terrence Malick, é um objeto – melhor seria dizer: um organismo – difícil de apreender, pois tudo nele é fluido: a história, os personagens, o modo de filmá-los. São fragmentos, retalhos, sem ordem cronológica ou progressão dramática aparente, das vidas de quatro personagens centrais.

O sonho recauchutado

José Geraldo Couto

13.01.17

E o que chama a atenção é justamente o modo como Hollywood, de tempos em tempos, a pretexto de questionar ou problematizar seus clichês, acaba por reafirmá-los. Em La la land essa operação abarca alguns dos mais recorrentes lugares-comuns do imaginário americano: a máxima de que vale a pena “acreditar em seus sonhos”, a ideia de que no meio da multidão há alguém especial para cada pessoa, o mito do self made man (ou woman). Não há nada de muito revolucionário aqui, portanto.

O assassino político

Antônio Xerxenesky

09.12.12

Quando um cineasta decide rodar um filme sobre um assassino de aluguel, ele está inscrevendo sua obra, inevitavelmente, num gênero de convenções muito estabelecidas. O homem da máfia, que estreou na sexta-feira passada em São Paulo, busca encontrar um lugar único no gênero de duas formas: pelo estilo e pela inserção de um fortíssimo subtexto político.