José Geraldo Couto

Holy motors e a ficção radical

José Geraldo Couto

07.12.12

O sentimento que Holy Motors provoca em quem ama o cinema é nada menos do que júbilo. Tenho amigos que, em uma semana, já viram o filme três vezes. Não é para menos. Numa arte que tem sido tão amesquinhada e banalizada, é revigorante ver uma aposta radical assim nos poderes libertários da invenção e da fantasia.

Almodóvar, a pele e a alma

José Geraldo Couto

07.11.11

Ao que parece, alguns críticos torceram o nariz para o novo Almodóvar, A pele que habito. Como este é um daqueles casos em que não se pode ficar em cima do muro, vou logo dizendo que adorei. (...) Almodóvar elude as possibilidades burlescas de seu enredo. Ele não fez uma chanchada, fez uma elegia, em que a música sinistra, a predominância do claro-escuro e a atuação constrita de Banderas induzem a um sentimento de luto, de perda irreparável, análogo ao hitchcockiano Um corpo que cai.