Nunca mais outra vez noutra sombra
Evandro Affonso Ferreira
29.11.17
Sempre que escrevo um livro deixo título provisório na gaveta do criado-mudo: sei que mais cedo, mais tarde, aparece o título definitivo. Foi o que aconteceu dois meses atrás quando atravessava uma rua de São Paulo. Calor infernal. Fico ao lado de poste cuja sombra tinha meio metro, mais ou menos. De repente, moça-morena-bonita pega carona nela, minha sombra. Ela percebe a invasão. Sorri. Sinal abre. Ela atravessa a rua correndo. Eu fico. Abro minha sacola de pano, pego papel, caneta e anoto: Nunca mais outra vez noutra sombra.
Diário da Tarde: o volume involuntário (II)
Elvia Bezerra
15.11.13
Elvia Bezerra conclui a apresentação do Diário da Tarde elaborado por Paulo Mendes Campos em meio ao cultivo de flores e frutos em seu sítio em Petrópolis, apresentando as cinco últimas seções: "Bar do Ponto" "Pipiripau", "Grafite", "Suplemento infantil" e "Coriscos".
Divagar e sempre: Millôr Fernandes
Sérgio Augusto
28.03.12
Sérgio Augusto, em 2003, quando da publicação do Cadernos de Literatura Brasileira dedicado ao desenhista, humorista, jornalista, dramaturgo e escritor Millôr Fernandes (1923-2012), aceitou o desafio de selecionar cem de suas melhores frases.