Daniel Pellizzari

Instantâneos da mente

Daniel Pellizzari

03.11.15

Cada vez mais parte considerável dos registros de um indivíduo são digitais, e aos poucos vamos usando esse material como uma espécie de cérebro externo, auxiliar. E se alguém tiver acesso a esse conteúdo após a nossa morte? Uma personalidade exposta, mecanismos mentais em estado bruto, tudo tão íntimo e em tantos aspectos tão diferente do que mostramos ao mundo, seja nas interações cotidianas ou no reality show cuidadosamente montado que transmitimos todos os dias pelas redes sociais. O que alguém deduziria a partir de tudo isso? Que retrato seu emergiria de uma intervenção dessas, leitora? Você está guardando tudo direitinho e em segurança, leitor?

A família no ‘papelório’ de Drummond

Elizama Almeida

04.03.13

Já é conhecido o lado de Carlos Drummond de Andrade como arquivista. "Tenho um papelório grande que me acompanha por longo e longo tempo. Coisas de pessoas que já morreram e que dão uma saudade", conta o poeta. Parte de seu acervo foi depositado no Instituto Moreira Salles em 2011 e, ao consultá-lo, podemos comprovar o minucioso cuidado drummondiano. Um exemplo é o cartão de participação no casamento de seu pai, que acabou rendendo uma crônica.