A ousadia literária de 2016
Mànya Millen
26.12.16
Aviso: esta não é uma lista de melhores livros do ano. Listas costumam ser encaradas com desconfiança, e não sem razão. Este também não é um apanhado (quase sempre chatíssimo) do mercado editorial brasileiro em 2016. Este texto não é igualmente uma lista das perdas de grandes personagens do mundo literário, embora elas tenham sido muitas e sentidas. Estas linhas são para ressaltar que 2016 foi o ano em que a literatura galgou um novo patamar, e a ousadia foi referendada justamente pela mais vetusta e pomposa das instituições: a Academia Sueca.
Espalhar Clarice – quatro perguntas a Benjamin Moser
Alice Sant’Anna
10.12.15
O livro com os contos completos de Clarice Lispector, publicado em agosto nos Estados Unidos, foi festejado como um dos lançamentos mais importantes do ano. Benjamin Moser – biógrafo e organizador da obra de Clarice – fala sobre a repercussão internacional do livro e comenta o verdadeiro fenômeno que Clarice se tornou nas redes sociais.
A sedução de Susan
Paulo Roberto Pires
26.09.14
Sobre Susan Sontag, documentário de Nancy Kates em cartaz no Festival do Rio, ocupa-se corretamente da obra de uma das vozes mais influentes da história intelectual americana, mas se espalha mesmo é no território que ela sempre interditou: sua intimidade. Tão fascinada pela própria imagem quanto pronta a intervir nas “grandes causas”, Sontag foi personagem complexa da qual o filme dá e não dá conta.