José Geraldo Couto

A roda da fortuna

José Geraldo Couto

02.01.18

Há quem encare um novo filme de Woody Allen como uma espécie de evento anual inevitável, mais ou menos como a corrida de São Silvestre ou o especial de fim de ano de Roberto Carlos. Pode até ser. Mas, em contraste com a previsibilidade dos outros exemplos citados, cada novo trabalho do diretor nova-iorquino traz sempre alguma coisa a ser descoberta, algum matiz inexplorado anteriormente, uma maneira diferente de abordar os mesmos velhos temas. Como todo artista que encontrou há tempos a sua voz, ou a sua caligrafia, Allen é sempre igual a si mesmo, e sempre diferente.