Do caos à arte
José Geraldo Couto
13.05.16
As cinebiografias tornaram-se nos últimos tempos um gênero à parte no Brasil: muitos são os biografados, mas, no fundo, poucas são as variações na estrutura dramática e narrativa adotada para retratá-los. O cinema torna-se praticamente mero veículo de ilustração de uma trajetória exemplar. A hagiografia se sobrepõe à criação cinematográfica. Se Nise não escapa totalmente desse esquema, alarga significativamente seus limites, ou ao menos busca incorporar alguns dos temas centrais à biografia da protagonista.
Camille Claudel e a educação pela pedra
José Geraldo Couto
16.08.13
"Camille apanha um punhado de barro e começa a esboçar com os dedos uma escultura, mas logo abandona e destrói raivosamente o trabalho", conta José Geraldo Couto ao escrever sobre o austero Camille Claudel, 1915, de Bruno Dumont, "como se lembrasse de repente que naquele país (a loucura, o encarceramento) é proibido sonhar".