José Geraldo Couto

Eros e Tânatos

José Geraldo Couto

22.06.17

Dia de falar brevemente de assuntos diversos. Um deles é Tabu (1931), último filme do gênio Friedrich Murnau. A história do trágico amor proibido entre dois jovens nativos de uma ilha dos Mares do Sul será exibido na Sessão Cinética desta quinta, dia 22/6, no cinema do IMS Rio. Como de costume, depois da exibição haverá um debate com os críticos da revista.

Um crítico em meio ao todo

Orlando Margarido

21.03.17

Tome-se aleatoriamente um ensaio de José Carlos Avellar e será possível detectar muitas das características de seu pensamento e ofício. A análise crítica, seja relativa a um período cinematográfico, seja específica a um filme, era uma delas. Era frequente o crítico adotar o registro pontual para chegar ao mais amplo. Afrontava seu tema não numa análise fechada em si, mas em variado "diálogo" com textos e entrevistas de pares teóricos e realizadores. Avellar fazia ecoar, assim, pontos de vista convergentes ou divergentes a uma tese. Esse procedimento singular de análise foi sendo estabelecido e aperfeiçoado aos poucos.

Coutinho e a poética do encontro

José Geraldo Couto

08.05.15

Eduardo Coutinho, morto de forma trágica há pouco mais de um ano, não terminou de dizer o que tinha a dizer. Suas últimas palavras estão em Últimas conversas, concebido para ser um diálogo com múltiplos rapazes e moças no final da adolescência. Coutinho conseguiu o milagre de furar o bloqueio de jovens que chegam diante da câmera maquiados, preparados.

Algo extraordinário

José Carlos Avellar

20.03.14

José Carlos Avellar escreve sobre dois filmes inéditos de Eduardo Coutinho, incluídos no DVD de Cabra marcado para morrer: Sobreviventes de Galileia e A família de Elizabeth Teixeira. Ambos são baseados no retorno do diretor a locações originais do filme, onde reencontra moradores que participaram das filmagens.

Veja estas canções

José Geraldo Couto

16.12.11

Há duas coisas a notar aí. A primeira é que, por recorrer sistematicamente à música - e em especial à canção romântica popular -, As Canções talvez seja o filme mais imediatamente palatável de Eduardo Coutinho, aquele que potencialmente pode comover o público mais amplo. Se melodrama = drama + mélos (melodia), seria As canções um melodocumentário? Embora o melo aqui se refira a música, e não a "meloso" ou "melado", o próprio Coutinho já qualificou seu novo longa de "um filme sentimental".