José Geraldo Couto

Provocações aos sentidos e à inteligência

José Geraldo Couto

26.10.18

José Geraldo Couto segue elegendo destaques na programação da 42a Mostra de Cinema de SP: Imagem e palavra, novo filme de Godard, não é documentário nem ficção, mas um ensaio poético-filosófico de riqueza inesgotável; Rio da Dúvida, do brasileiro Joel Pizzini, é uma esplêndida recriação de uma aventura insólita; A imagem que você perdeu, do irlandês-americano Donal Foreman, é um resgate da relação do diretor com o pai distante e uma reflexão ilustrada sobre três décadas da história da Irlanda; e Amor até as cinzas,  de Jia Zhang-ke, é uma observação aguda das transformações ocorridas na China nas últimas décadas.

Molière, o corpo do figurino

Carolina Casarin

15.08.18

Moliére, uma comédia musical, dirigida por Diego Fortes, é a primeira encenação no Brasil do texto da mexicana Sabina Berman. Na produção do grupo Teatro Promíscuo chama a atenção o figurino assinado por Karlla Girotto, corroborando o tom cômico que atravessa o espetáculo e evidenciando como as roupas não apenas representam nossas personalidades, mas participam ativamente da constituição do que somos.

Robert Guédiguian

Bárbaros por todo lado

José Geraldo Couto

20.07.18

Posta em relevo na Copa do Mundo, em especial na campeã França, a questão dos imigrantes – legais ou clandestinos, recentes ou antigos – está no centro e nas bordas de três novos filmes: Uma casa à beira-mar, de Robert Guédiguian, O orgulho, de Yvan Attal, e Primavera em Casablanca, de Nabil Ayouch.

O espetáculo da guerra

José Geraldo Couto

28.07.17

Vamos falar de Dunkirk, o novo filme do controverso Christopher Nolan, que se debruça sobre um célebre evento da Segunda Guerra Mundial: a retirada por mar de soldados britânicos e franceses encurralados pelas forças alemãs na cidade de Dunquerque, no norte da França.

Os grandes sóis violentos

José Geraldo Couto

27.04.17

“O sonho acabou; quem não dormiu no sleeping-bag nem sequer sonhou.” A frase da canção de Gilberto Gil talvez seja uma maneira de resumir em poucas palavras o espírito de No intenso agora. Qualquer descrição ou sinopse será empobrecedora e ilusória, inclusive esta: o documentário de João Moreira Salles, exibido no Rio e em São Paulo no festival É Tudo Verdade, organiza e discute imagens filmadas na China maoísta de 1966, na França de maio de 1968, na Tchecoslováquia da Primavera de Praga e no Brasil da ditadura militar.

Atados por cartas

Laura Erber

28.09.16

Durante anos, Baudelaire e sua mãe mantiveram intenso contato através de cartas. Boa parte dessa correspondência testemunha a urgência do poeta em vê-la e ao mesmo tempo a impossibilidade de visitá-la. Problemas de saúde, problemas de dinheiro. Se toda carta de amor é ridícula e se toda carta é sempre, em alguma medida, uma carta de amor, o afeto epistolar entre ambos é testemunha de um drama amoroso dos mais fascinantes.

Brasil, capital Paris

Carla Rodrigues

29.06.16

Carla Rodrigues comenta dois livros recém-lançados que, à primeira vista, em nada se parecem: A tortura como arma de guerra, da jornalista Leneide Duarte-Plon, e Gênero e trabalho no Brasil e na França, coletânea de artigos organizada pelas pesquisadoras Alice Abreu, Helena Hirata e Maria Rosa Lombardi. Ainda que discutam temas muito distintos. ambos os livros têm em comum o debate das difíceis e intrincadas relações do Brasil com a França, em relação a quem o país ocupa uma posição ambígua.

Paris-Japão

Equipe IMS

13.06.16

Na semana em que a exposição de Haruo Ohara está de mudança do Museu de Arte de Kochi para o Museu de Arte de Itami, no Japão, o acervo fotográfico do Instituto Moreira Salles amplia suas fronteiras de visitação pública com a abertura nesta terça-feira (14/6) na Maison Européenne de la Photographie, em Paris, da primeira grande retrospectiva da obra de Marcel Gautherot fora do Brasil. A experiência de trabalho conjunto com pesquisadores de fora do país é, para Sergio Burgi, uma tentativa de entender a produção fotográfica no Brasil num contexto globalizado.

Paris, o dia seguinte

Equipe IMS

21.11.15

Na noite de 13 de novembro, em Paris, Alex Majoli estava com um amigo no restaurante Chez Omar, a apenas duas quadras da casa de shows Bataclan. O fotógrafo da agência Magnum estava sem sua câmera, e fez alguns registros com o celular. No dia seguinte, câmera em mãos, saiu às ruas da capital francesa para registrar a reação das pessoas e a atmosfera nos arredores dos locais onde ocorreram os atentados terroristas levados a cabo pelo Estado Islâmico.  O site da ZUM apresenta uma seleção dessas imagens e um vídeo feitos pelo fotógrafo italiano.

Notas sobre a linguagem jornalística no cinema de ficção

Luiz Alberto Sanz

20.07.14

Jornalista e documentarista disseca, momento a momento, o clássico A batalha de Argel, que o IMS lança em DVD e exibe em sessão especial no dia 24, às 20h. O filme de Gillo Pontecorvo conta a resistência na Argélia à ocupação francesa. A independência foi conquistada em 1960 após anos de repressão, tortura e atos terroristas.