![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/05/740sororidad.jpg)
![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2018/05/460tanara.jpg)
Sororidad
Daniel Pellizzari
03.05.18
Por um balaio de motivos, dos práticos aos patológicos, escrevo ficção muito devagar. Essa lentidão acabou transformando o que seria meu novo romance em um livro com três narrativas independentes. A primeira se chama Sororidad e narra as histórias entrecruzadas de uma mulher com disforia de espécie – nasceu humana, mas se identifica como cabra – e de um grupo de argentinas que, ao serem abandonadas nas estradas do Rio Grande do Sul, se unem para criar uma comunidade rural isolada do resto do mundo.
![O diretor Frederico Machado](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2017/12/460fmachado.jpg)
Cinema de corpo e alma
José Geraldo Couto
01.12.17
Em destaque, dois novos filmes brasileiros – Lamparina da aurora, de Frederico Machado, uma imersão sem freios no estranho universo poético do diretor, e Antes o tempo não acabava, de Sérgio Andrade e Fábio Baldo, realizado em Manaus e centrado na trajetória de um jovem índio aculturado – e a mostra do francês Jean-Pierre Melville no IMS.
![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2017/06/460dolezal.jpg)
A senhora é afro-americana?
Christian Schwartz
26.06.17
Quem lê a história contada por Rachel Dolezal em sua autobiografia In Full Color se depara com um flagrante caso omisso no código de conduta otimista do multiculturalismo. A ex-ativista que se identifica como transnegra tocou em contradições sensíveis das políticas de inclusão ditas progressistas, segundo as quais haveria uma suposta receita universal para a coabitação pacífica da diferença. E, de forma inesperada, o caso Dolezal também ganha ressonância na complexa discussão racial brasileira.
![](https://d3otj36sf8mcy4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2017/02/460match-final.jpg)
Cloro
Alexandre Vidal Porto
01.02.17
Eu sempre quis escrever sobre autocontrole. O romance no qual trabalho atualmente, cujo título provisório é Cloro, explora essa questão. O narrador, Georges, é um homossexual enrustido casado com uma mulher, e passou a vida toda se controlando. Ele morreu no dia anterior, mas manteve a consciência e se encontra numa espécie de limbo, decidindo quais histórias contaria sobre si na eventualidade de um juízo final.
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Distopia da distopia
Bernardo Carvalho
20.07.16
"É irônico que as ficções científicas fiquem tão datadas, por mais proféticas que sejam. Todo filme de ficção científica está de certa forma condenado a uma representação paroxística do seu tempo, ou seja, a fazer uma estilização do passado que só o espectador do futuro será capaz de ver", diz Bernardo Carvalho. "Fassbinder parecia ter consciência dessa sina e jogar com ela ao conceber um futuro deliberadamente retrô e ultrapassado para caracterizar o mundo virtual criado pela grande corporação em O mundo por um fio. É um mundo povoado por "unidades identitárias", homens e mulheres aos quais não ocorre que sejam meras criações de computador."
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Os limites dos poderes
Carla Rodrigues
17.06.15
Fiquei espantada em descobrir que a palavra "empoderamento" está na moda, pois ela já esteve na crista da onda nos anos 1990 nos movimentos sociais no Brasil e havia caído em desuso. Há uma imensa distância entre a palavra e discussões que já seguem avançadas: os limites da estratégia que exige a formação de um grupo identitário que reivindica seu fortalecimento e o fato de que reivindicar empoderamento é ocultar da pauta de que forma de poder estamos falando.