José Geraldo Couto

Provocações aos sentidos e à inteligência

José Geraldo Couto

26.10.18

José Geraldo Couto segue elegendo destaques na programação da 42a Mostra de Cinema de SP: Imagem e palavra, novo filme de Godard, não é documentário nem ficção, mas um ensaio poético-filosófico de riqueza inesgotável; Rio da Dúvida, do brasileiro Joel Pizzini, é uma esplêndida recriação de uma aventura insólita; A imagem que você perdeu, do irlandês-americano Donal Foreman, é um resgate da relação do diretor com o pai distante e uma reflexão ilustrada sobre três décadas da história da Irlanda; e Amor até as cinzas,  de Jia Zhang-ke, é uma observação aguda das transformações ocorridas na China nas últimas décadas.

Imagem do filme "A moça do calendário"

O futuro é mulher

José Geraldo Couto

30.10.17

A moça do calendário, de Helena Ignez, é um dos filmes mais vigorosos da Mostra de Cinema de SP. O protagonista é o “mecânico e dublê de dançarino” Inácio. Tudo acontece em torno de suas relações com a mulher, com os colegas de trabalho, com o dono da oficina, com seus “bicos” como ator, com o sonho de encontrar a tentadora “moça do calendário.

A violência reduzida a espasmo

Bernardo Carvalho

16.07.14

No espetáculo Archive, Arkadi Zaides reproduz com o corpo imagens de israelenses e palestinos exibidas numa tela. A coreografia convulsiva testa os limites do espectador. Ele já não pode assistir ao gesto violento com a impunidade da distância. Já não pode se compungir por meio da boa consciência politicamente correta. No mesmo dia do espetáculo em Avignon, o escritor israelense David Grossman escreveu: “A direita não venceu apenas a esquerda, ela venceu Israel”.

Tempos de corações empedrados

José Geraldo Couto

25.10.13

José Geraldo Couto comenta quatro filmes da Mostra de São Paulo. Dois são brasileiros: Educação sentimental, de Julio Bressane, e o documentário A farra do circo, de Roberto Berliner e Pedro Bronz, sobre o Circo Voador. Os outros são o israelense Ana Arabia, que conta a história de uma família árabe-israelense, e Lições de harmonia, do Cazaquistão, que mostra um jovem diretor em controle absoluto de ritmo, luz e enquadramento.

Paisagem na janela

Ilana Feldman

09.03.11

Leia texto de Ilana Feldman, curadora da mostra "David Perlov: epifanias do cotidiano", que abre esta semana no IMS-RJ. "A primeira vez que tive contato com a obra de David Perlov foi em 2006, quando por acaso entrei às escuras em uma sala miúda do centro da cidade, em meio a outras quatrocentas sessões de cinema do Festival do Rio".