Quando as palavras mudam
Carla Rodrigues
08.05.17
Se era verdade que a escolha de cada significante dizia alguma coisa a meu respeito, hoje praticamente posso escrever mensagens de texto inteiras em que a escolha das palavras se dá pelos algoritmos que ensinaram o sistema a repetir o meu repertório. O ato falho vai sendo, assim, substituído pelo erro do “autocompletar”. Se com Freud havíamos aprendido a “repetir, elaborar, recordar”, um século depois talvez a tríade esteja sendo superada por novas formas de submissão aos algoritmos.
O sujeito da hashtag #sqn
Carla Rodrigues
20.08.14
A partir de Lacan, pode-se refletir sobre o estatuto contemporâneo da linguagem e as “engrenagens das leis do bláblá”. O fenômeno das hashtags, instrumentos de indexação, podem formar um sujeito sem linguagem, ou uma linguagem sem sujeito, mera repetição de um blábláblá infinito.