
Eu vi um Brasil no cinema
José Geraldo Couto
06.09.18
A filmografia de Joaquim Pedro de Andrade é talvez a ponte mais completa e consequente entre o modernismo literário dos anos 1920 e o cinema moderno. Relativamente pouco numerosa, atualiza de modo crítico e inventivo a investigação sobre a identidade brasileira empreendida pelos modernistas da “fase heroica”, praticando uma antropofagia da antropofagia.

Um país malvado
José Geraldo Couto
14.04.17
“O Brasil é um país malvado”, disse o exibidor Adhemar de Oliveira durante um debate sobre “Aquarius” em São Paulo, há um ano. Dois novos filmes permitem entender – e comprovar – essa frase terrível: o documentário Martírio, de Vincent Carelli, e a ficção Joaquim, de Marcelo Gomes.

A invenção do cinema brasileiro em debate
José Carlos Avellar
04.08.14
A influência do Modernismo no Cinema Novo é o principal tema do debate que o IMS-RJ realizará no sábado, dia 9, às 16h15, com Paulo Antônio Paranaguá, autor do livro A invenção do cinema brasileiro, Modernismo em três tempos, e Eduardo Escorel, diretor de Chico Antônio, o herói com caráter, filme que será exibido às 15h30, antes da conversa.

Réquiem pelo Cinema Novo
José Geraldo Couto
20.04.12
O juízo crítico mais implacável sobre o Cinema Novo que conheço eu ouvi anos atrás de Ivan Cardoso, por sua vez representante da segunda dentição "marginal": "Eram advogados, jornalistas, sociólogos, que se serviam do cinema para fins políticos. Não eram cineastas, não amavam o cinema, mal sabiam segurar uma câmera". Claro que há exagero e rancor na declaração. O Cinema Novo produziu pelo menos um gênio (Glauber) e algumas obras-primas. Mas há uma boa parte de sua filmografia que me parece datada, ancorada num discurso populista, programático, verborrágico, não raro panfletário.