Crime, castigo e compaixão nas Filipinas
José Geraldo Couto
05.05.17
Assistir a um filme do filipino Lav Diaz é uma experiência tanto sensorial como espiritual. Rodado em preto e branco, com os longos e belos planos fixos característicos de Diaz, A mulher que se foi, ganhador do Leão de Ouro no último festival de Veneza, é uma obra comparativamente curta na filmografia do diretor: não chega a quatro horas de duração.
2016, entre sinistro e sublime
José Geraldo Couto
30.12.16
Num ano de grandes traumas no Brasil e no mundo, o cinema, se não serviu para consertar nada, ao menos nos ajudou a manter aguçados o olhar e a sensibilidade. Atendo-nos aos títulos lançados no circuito comercial, alguns veteranos fundamentais (Bellocchio, Verhoeven, Almodóvar, Clint Eastwood, Woody Allen) marcaram presença, ao lado de estreantes promissores, como Robert Eggers, do surpreendente A bruxa.
Trigo e joio na Mostra
José Geraldo Couto
28.10.16
Na reta final da 40ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, cabe separar o trigo do joio para não perder tempo nem oportunidades. Os comentários a seguir não são críticas, mas impressões provisórias e precárias. Voltaremos oportunamente e com mais detença a algumas dessas obras.
O cinema essencial de Lav Diaz
José Geraldo Couto
19.02.16
Recomendar filmes filipinos de mais de quatro ou cinco horas de duração, exibidos à margem do circuito comercial? É uma chance rara proporcionada aos cinéfilos de São Paulo e do Rio de vivenciar um cinema ao mesmo tempo substancioso e cristalino, uma oportunidade de lavar nossos olhos congestionados pela profusão de imagens vazias, arejar o cérebro atulhado por fórmulas e clichês. Estou falando de Lav Diaz e seus filmes Norte, o fim da história (2013) e Do que vem antes (2014).