Bernardo Carvalho

“Não corrijo, se arranje”

Bernardo Carvalho

24.06.15

Mário de Andrade se tornou uma espécie de parceiro involuntário contra a obsessão por uma identidade nacional que informava tudo o que se queria fazer respeitar na cultura brasileira da minha juventude. Todo mundo evocava e ecoava Oswald de Andrade como o gênio da raça. E eu batia palmas, encantado com a genialidade publicitária de frases de efeito como “só a antropofagia nos une”. Até começar a desconfiar daquilo tudo, daquela alegria, e de que talvez a antropofagia não me unisse a ninguém.

As muitas vidas de Eduardo Coutinho

José Geraldo Couto

03.02.14

"Flagrar o momento inefável do encontro, filmar o laço invisível entre os seres, a contradição entre palavra e gesto, entre música e silêncio, apreender o tempo que escorre, captar o rastro fugidio da vida - foi isso o que [Eduardo] Coutinho tentou. E tantas vezes conseguiu". José Geraldo Couto celebra a obra do cineasta morto ontem, aos 80 anos.