Alfredo Ribeiro

O que as retrospectivas não mostram

Alfredo Ribeiro

21.12.18

2018 termina carimbado como o ano das fake news, todavia sem prejuízo para a divulgação concorrente de fatos irrelevantes, uma tradição que nasceu e vem crescendo junto com a internet. Desde a virada do século coleciono esse tipo de informação desnecessária, cuja retrospectiva a cada virada de ano dá uma boa ideia da insignificância dos acontecimentos nos tempos que vivemos.

Os instintos mais primitivos

Arthur Dapieve

24.10.11

Quanto a médicos, contudo, acho que dei sorte. Tive aquele pediatra a me acompanhar quase até eu mesmo virar pai. Meu dentista é o mesmo desde que eu era criança, lá no Posto 5, em Copacabana. Depois que descobri que era hipertenso durante um fechamento de jornal (quando e onde mais?), um amigo me indicou um clínico de fé, com quem mantenho ótimas relações há anos. Inclusive porque parte da consulta é dedicada a conversarmos sobre música clássica. Salvo o réquiem do Mozart.

Cada caso é um caso

Aldir Blanc

20.10.11

No acidente que sofri, estávamos minha mulher e eu, parados no fim de um engarrafamento. Um idiota de 18 anos, meio bêbado, talvez maconhado, entrou a uns 80 por hora na traseira de nosso carro. Meu joelho chocou-se contra o porta-luvas e a pressão quebrou o osso em lascas verticais, ao contrário da comum fratura transversa. Muito depois, soube que o cara havia largado o volante para agredir a namorada. Uma coisa que não consigo esquecer: eu estava estirado na rua, apoiando minha mulher com a cabeça ensanguentada. Um cara tentava ajudar e a consorte gritava: - Deixa isso pra lá, Beto! Vamos embora daqui! Tem sangue! A gente pode pegar aids!