Daniel Pellizzari

Instantâneos da mente

Daniel Pellizzari

03.11.15

Cada vez mais parte considerável dos registros de um indivíduo são digitais, e aos poucos vamos usando esse material como uma espécie de cérebro externo, auxiliar. E se alguém tiver acesso a esse conteúdo após a nossa morte? Uma personalidade exposta, mecanismos mentais em estado bruto, tudo tão íntimo e em tantos aspectos tão diferente do que mostramos ao mundo, seja nas interações cotidianas ou no reality show cuidadosamente montado que transmitimos todos os dias pelas redes sociais. O que alguém deduziria a partir de tudo isso? Que retrato seu emergiria de uma intervenção dessas, leitora? Você está guardando tudo direitinho e em segurança, leitor?

Quem te viu, que te vê!

Elvia Bezerra

28.11.12

Terá o pesquisador ideia do caminho feito por uma simples folha de papel e de como foi preservada para chegar até suas mãos? Quando se trata da certidão de nascimento da escritora Elisa Lispector, já se sabe, de saída, que o documento cruzou o Atlântico, provavelmente na mala de Pinkhouss ou Mánia Lispector, os pais de Elisa, Tania e Clarice Lispector que, em 1922, desembarcaram em Maceió, fugindo da guerra civil na Rússia.