O inferno é aqui
José Geraldo Couto
10.11.17
Passemos ao largo do fogo cerrado a que Vazante, de Daniela Thomas, foi submetido no último Festival de Brasília. Algumas acusações lançadas ali são tão descabidas que não mereceriam comentário. O problema é que as chagas da nossa formação como país são tão profundas que qualquer filme será insuficiente para aplacar as dores acumuladas ao longo dos séculos. Talvez algumas cobranças, por mais legítimas que sejam, só pudessem ser satisfeitas por uma obra programática, que mostrasse negros heroicos e virtuosos batendo-se contra o dragão da maldade do poder branco. Mas uma tal obra teria escassa eficácia política, esgotando-se na catarse, e valor estético nulo.
Polêmica!
Rodrigo Alzuguir
10.09.12
Quando ouviu "Rapaz folgado", cantado por Noel no Programa Casé e ecoado por colegas nas rodas de compositores, Wilson deu o troco - por gaiatice e senso de oportunidade - com "Mocinho da Vila", em que aconselhava Noel a cuidar de seu microfone e deixar quem era malandro em paz. No breque final do samba, orgulhava-se: "modéstia à parte, eu sou rapaz" (folgado?).