Antônio Xerxenesky

Amor,

Antônio Xerxenesky

22.02.18

Todo mês a seção Primeira vista traz textos de ficção inéditos, escritos a partir de fotografias selecionadas no acervo do Instituto Moreira Salles. O autor escreve sem ter informação nenhuma sobre a imagem, contando apenas com o estímulo visual. Neste mês de fevereiro, Antônio Xerxenesky foi convidado a escrever sobre uma foto de Henri Ballot tirada em Nova York em 1961, uma das imagens expostas em O caso Flávio.

O cinema contra a morte

José Geraldo Couto

16.02.18

Escapando do quase inevitável balcão de apostas dos “filmes do Oscar”, o crítico José Geraldo Couto dá atenção a uma obra singular de um diretor idem. Antes do fim, o mais recente longa-metragem do gaúcho criado e radicado em São Paulo Cristiano Burlan, faz com que a morte e a finitude debatida no dia a dia de um casal de idosos (Helena Ignez e Jean-Claude Bernardet) oscilem entre a solenidade e a descontração, a tragédia e a ironia derrisória.

Dramaturgia do invisível

Bernardo Carvalho

30.07.14

Como Kafka, Kleist foi incompreendido por seus contemporâneos. Hoje considerada sua obra-prima, O Príncipe de Homburgo só foi publicada e encenada dez anos depois do suicídio do autor. Escolhida para abrir o Festival de Avignon, a peça de 1810 é estranhamente pertinente numa época em que a ideologia nacionalista volta para mostrar a pior de suas caras.

O varal de Ian Curtis

Antônio Xerxenesky

19.06.12

Como toda pessoa moderadamente obcecada pela vida de Ian Curtis, o líder da banda Joy Division que cometeu suicídio aos 23 anos após ter lançado dois discos que mudaram para sempre o rumo da música popular ocidental, tenho o hábito de rever o filme Control de tempos em tempos. Apesar de centrar a ação na figura de Ian Curtis, e não na cena efervescente de Manchester, acaba não oferecendo nenhuma solução para o "enigma Curtis".