O novo voo literário de John Freeman
Alice Sant’Anna
09.03.16
Na introdução ao primeiro número da recém-lançada revista Freeman’s, John Freeman lembra que, num voo, enfrentou uma turbulência violenta. A metáfora do alívio que sentiu ao pôr os pés no chão serve para definir a busca por bons textos: “São poucas as coisas interessantes sem risco.” Foi com esse espírito que, em 2012, ainda à frente da Granta, Freeman elegeu os "20 melhores jovens escritores brasileiros”. Agora, no primeiro número da Freeman’s, ele mistura textos de Haruki Murakami, Lydia Davis e Daniel Galera entre outros que escreveram sobre “chegada”. Na entrevista ao Blog do IMS, John Freeman explica o que significa publicar boas histórias, comenta o próximo número da publicação e fala sobre sua relação com a literatura brasileira contemporânea.
Tudo é impermanente – quatro perguntas a Richard McGuire
Alice Sant’Anna
04.01.16
A serrote 21 adianta quinze páginas duplas do livro Aqui, de Richard McGuire, que será lançado pela Companhia das Letras no ano que vem. O projeto ambicioso, que abrange não ficção, quadrinhos, memórias e até janelas do computador, foi considerado por Chris Ware como “a graphic novel que mudou tudo”. McGuire revela os bastidores da HQ em entrevista ao Blog do IMS.
Espalhar Clarice – quatro perguntas a Benjamin Moser
Alice Sant’Anna
10.12.15
O livro com os contos completos de Clarice Lispector, publicado em agosto nos Estados Unidos, foi festejado como um dos lançamentos mais importantes do ano. Benjamin Moser – biógrafo e organizador da obra de Clarice – fala sobre a repercussão internacional do livro e comenta o verdadeiro fenômeno que Clarice se tornou nas redes sociais.
Z de Zuca
Alice Sant’Anna
02.12.15
Hoje é o dia Z, dia de comemorar o poeta e desenhista Zuca Sardan. Desde a antologia 26 poetas hoje, organizada por Heloisa Buarque de Hollanda, em 1976, Zuca se tornou um ícone cult da poesia brasileira contemporânea. Publicamos aqui quatro poemas e quatro desenhos do inventor de personagens como Musa Merry e a Cassandra Bolchevique.
O baú de Hemingway
Alice Sant’Anna
01.12.15
Páginas de cadernos, entradas de touradas, medalhinhas com identificação de cachorro, cartas, manuscritos, passaportes, fotos, primeiras edições estão reunidas pela primeira vez na exposição Ernest Hemingway: Between Two Wars, em cartaz em Nova York. A mostra revela um autor nem sempre tão seguro de si, às vezes categórico e taxativo, em outras, exibindo uma doçura inesperada.
Conexão batom
Alice Sant’Anna
29.10.15
Flores eram distribuídas e um fio vermelho de tricô passava sobre nossas cabeças. Levantamos o braço pra segurar o fio, que seguia, de mão em mão. Apesar do sangue nos olhos, ou justamente pelo sangue nos olhos, todas parecíamos muito felizes de estar ali, juntas. O fio, sabe-se lá para onde ia, mas era um só.
Perder a estação
Alice Sant’Anna
01.10.15
Uma profunda experiência artística: escolher uma cidade, escolher um quadro, ficar diante do quadro o tempo que puder, dois minutos, um ano. A proposta não teria sentido se fosse na própria cidade, familiar demais, por onde se caminha mecanicamente. Escolher uma outra cidade é como botar uma cidade na moldura. E ficar de frente pra ela, olhando. De fora.