A Rose, muito obrigada
Carla Rodrigues
25.06.14
Com mais direitos que suas antecessoras, nova geração de mulheres nem sempre dá os devidos créditos à luta feminista que lhe garantiu condições hoje vistas como naturais. Rose Marie Muraro, intelectual morta na semana passada, deu contribuições fundamentais ao aproximar do leitor brasileiro Betty Friedan e outras teóricas e, ainda, escrever obras que relacionavam as opressões de gênero e classe.
Até que enfim não vai ter Copa
Carla Rodrigues
11.06.14
Com #nãovaitercopa, a história que nos impuseram na memória sobre a Copa de 1970 pode enfim começar a ser desconstruída. Se naquela época a exceção era política, hoje ela é econômica, promovida pela Fifa e ditada pelos interesses do capitalismo global, que estabelecem as novas regras do silêncio.
A crise das jornalistas
Carla Rodrigues
22.05.14
As editoras-chefe de dois grandes jornais do mundo, The New York Times e Le Monde, foram demitidas carregando a pecha de serem autoritárias, como se copiassem um modelo masculino de comandar. Mas há quem aponte sexismo das empresas ao afastá-las. Para Carla Rodrigues, no novo espírito do capitalismo, existe mais espaço para as mulheres por elas serem aquelas que ganham menos, trabalham mais e tiveram que se adaptar a vínculos flexíveis para dar conta da dupla jornada empresa/maternidade.
Em Girls: a voz e o vazio da geração perdida
Carla Rodrigues
22.03.13
No seriado de grande sucesso escrito, dirigido e estrelado pela jovem Lena Dunham - cuja segunda temporada se encerra no Brasil no domingo, na HBO - não há lugar para romantismos adocicados nem para narrativas de felicidade. Ele é duro, seco, rude. Um Sex and the city sem Cosmopolitan e glamour, ainda que as personagens das duas séries tenham similaridades. As quatro meninas de Girls estão envolvidas em arte de algum modo, não querem se render a um emprego apenas para sobreviver e fazem sexo sem charme, pudor ou ilusões.