Escrita, nomadismo e queer
Mariana Lage
25.09.17
Em Argonautas, Maggie Nelson (foto) trabalha com o indizível da experiência e o avesso das palavras. A escrita, apesar de ferramenta para demarcar ou evidenciar o nomadismo, será sempre insuficiente diante da movência do que existe. As palavras se movem, os sentidos se alteram, as peles, os gêneros e os sexos se desdobram de um jeito particular, inaudito.
Transfiguração ao contrário
Taís Cardoso
12.12.16
Nos últimos anos, o empreendimento de olhar para a própria vida e tentar narrá-la tem aparecido em uma série de romances de autoficção. Além disso, recursos metanarrativos se misturam a perspectivas atravessadas pelas artes visuais, que aparecem em situações do enredo. A aproximação entre autoficção e arte pode ser explicada tanto pela insuficiência dos formatos, em tempos de vida compartilhada pela internet – seja da literatura, da história ou das artes – como também pela arte ter adquirido uma dimensão mais narrativa, que necessita de uma espécie de percurso investigativo para ser acompanhada.
Daniel Blaufuks, trabalho de memória
Mark Durden
20.08.13
Mark Durden escreve sobre o trabalho do cineasta e fotógrafo português Daniel Blaufuks, que "fala de limites, do quanto pode ser dito sobre a experiência através de pormenores e vestígios, que resíduos de uma vida poderão perdurar". Algumas dessas obras serão exibidas na mostra Trabalho de memória, em cartaz de 21 a 24/8 no IMS-RJ com a presença do artista.
Se um de nós dois morrer – quatro perguntas a Paulo Roberto Pires
Equipe IMS
30.06.11
"Eu abandonaria meu livro no cemitério de Montparnasse, o que já justificaria uma viagem a Paris. Mas veria com muito bons olhos esquecê-lo, de forma cuidadosamente displicente, num bar de Paraty semana que vem, durante a Flip. Acho que o livro encontraria o destino de Théo."