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Somos todos críticos
Paulo Raviere
27.02.18
Por mais desagradável que seja, o feedback é inevitável: do filé improvisado à piada de boteco, tudo recebe um parecer. Mas muito pior que uma crítica negativa é a sua falta. Nenhuma ofensa é tão corrosiva quanto a indiferença e o esquecimento.
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Algo tão irrelevante quanto a realidade
Camila von Holdefer
15.02.17
As boas intenções, como prova o exemplo de Florence Foster Jenkins, não servem como fator atenuante no caso de um resultado desastroso. Entre a concepção e a realização, e não apenas na criação artística, há um longo caminho a ser percorrido. Com a valorização do discurso fácil que procura recompensar aqueles que, a despeito das dificuldades e das limitações, resolvem perseguir seus sonhos, como se a capacidade de idealização devesse se sobrepor à capacidade de realização, a guinada à brandura é previsível. A condescendência na crítica, porém, não vai nos levar muito longe.
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O espectador furioso
Bernardo Carvalho
08.10.14
Há alguns meses, fui atacado em um jornal francês, por causa de uma peça que escrevi. Não vou defender a tese de que a exasperação da crítica tem necessariamente a ver com o mérito provocador das peças. Também não sou dos que acham que crítica tem que ser “construtiva”. Costumo me manifestar com veemência contra as coisas que abomino, torcendo para que desapareçam.
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Ruy Guerra e dois filmes em portunhol – por Eduardo Ades
Equipe IMS
19.08.11
O cinema brasileiro estava apartado do público, procurando reelaborar sua estética e, principalmente, seu diálogo com as plateias. Esse era o caminho trilhado tanto pelos cineastas mais associados ao cinema comercial, como é natural que seja, como por aqueles associados ao cinema de arte. Assim, para citar os exemplos mais conhecidos, foram feitos filmes como O que é isso companheiro? e Central do Brasil, Bossa nova e Baile perfumado. Todos, com exceções muito pontuais (como Julio Bressane), procuravam uma forma mais correta e, especialmente, uma certa eficiência narrativa.