Carla Rodrigues

Ao passado, ao trabalho

Carla Rodrigues

04.05.16

No Brasil, coube à filósofa Jeanne Marie Gagnebin a importante tarefa de ressignificar a melancolia no pensamento de Walter Benjamin e recusar o senso comum de o pensador alemão seria um saudosista em busca do tempo perdido. Em seu livro mais recente, ela trabalha com a ideia de que memória e rememoração funcionam em Benjamin como instrumentos políticos de resistência. Com isso, Gagnebin ajuda a pensar no que estamos vendo acontecer todos os dias: numa crise política, a disputa nunca é apenas em torno do presente, mas também ou principalmente sobre a história.

O tudo e o todo na filosofia hoje

Carla Rodrigues

23.09.15

Ser filósofa hoje é reconhecer a impossibilidade de falar do tudo e do todo, é fazer desse reconhecimento o motor de um pensamento cuja tarefa passa a ser sair da impotência para o impossível. Nessa estranha conjunção, talvez o filósofo de hoje possa se reencontrar com algum sentido que não seja mais nem o do tudo, nem o do todo, e assim se reconciliar com as ambições mais simples e por isso mesmo, mais ousadas.

Raskolnikov vai à universidade

José Geraldo Couto

04.09.15

Matar alguém pode ser justificável em certas circunstâncias? Sempre que se quer, modernamente, discutir a moralidade do homicídio, o fantasma de Raskolnikov volta a rondar. O projeto estético de Woody Allen, na vertente expressa em seu novo filme, Homem irracional, parece ser a ambição, obviamente inalcançável, de conciliar a densidade de Dostoiévski com a leveza (enganosa, claro) de Tchekov.

Analistas e pacientes: quatro perguntas para Armando Freitas Filho e Maria Rita Kehl

Equipe IMS

18.04.11

Em continuidade à seção "Correspondência", o Blog do IMS apresenta dois novos missivistas: a psicanalista, escritora e ensaísta Maria Rita Kehl e o poeta e pesquisador Armando Freitas Filho. A partir de hoje, eles passam a trocar cartas semanais no blog: Armando escreve às segundas, Maria Rita às quartas. Eles falam ao Blog sobre a amizade que nutrem há mais de trinta anos.

Na rede com Montaigne

Paulo Roberto Pires

24.01.11

"Posso te chamar de Micheau?" Não é difícil imaginar um talk show, de Monty Python, Marília Gabriela ou Hebe Camargo, em que Michel de Montaigne fosse tratado dessa maneira. É o que diz Paulo Roberto Pires, editor da revista "Serrote", neste post que inaugura sua colaboração semanal com o Blog do IMS. "Talvez porque, numa viagem pop, ele esteja mesmo próximo de nossos dias."