Pesadelos contemporâneos
José Geraldo Couto
13.04.18
Não é toda semana que entram em cartaz novos filmes de três grandes autores em plena forma, como está acontecendo bem agora, com Roman Polanski (Baseado em fatos reais), Hong Sang-soo (O dia depois) e Kiyoshi Kurosawa (Antes que tudo desapareça). Cada um com sua poética pessoal e intransferível, eles ajudam a iluminar o desconcerto do indivíduo dentro de um mundo enlouquecido e esfacelado.
Filmes shakespearianos
Roberto Rocha
30.11.16
Laurence Olivier, no prefácio que escreveu para a edição do roteiro de seu filme Henrique V (1944), afirma que “Shakespeare, de certa forma, escreveu para o cinema”. Olivier argumenta que, mais do que qualquer outra forma de escritura dramática, o teatro shakespeariano se prestaria, pelas suas próprias características formais, ao tratamento cinematográfico. Que características seriam essas? Roberto Rocha explica.
Polanski e o terror do feminino
José Geraldo Couto
02.10.15
Se a linha mestra do cinema de Roman Polanski são as relações de sexo e poder, A pele de Vênus pode ser visto como uma espécie de suma de sua obra. Não é, por certo, seu melhor filme, mas talvez seja o que condensa de forma mais clara e concisa suas principais preocupações.
No inferno com Polanski
José Geraldo Couto
09.06.12
Deus da carnificina, o novo filme de Roman Polanski, é uma comédia cruel sobre a fina camada de civilização que encobre a barbárie do homem moderno. A ação se concentra toda num apartamento de classe média alta no Brooklyn nova-iorquino, onde dois casais discutem a agressão violenta do filho de um dos casais ao filho do outro.A origem teatral do texto - a peça homônima da francesa Yasmina Reza - e seu caráter de lavagem de roupa suja entre quatro paredes levaram muitos críticos a mencionar a tradição dos claustrofóbicos psicodramas americanos de Eugene O'Neil, Tennessee Williams e Edward Albee.