Mulheres do cinema, cinema das mulheres
José Geraldo Couto
19.01.18
Num cinema de história intermitente e espasmódica como o brasileiro, pontuado por surtos, interrupções e fracassos, e ainda por cima marcadamente masculino, várias gerações de mulheres podem ser vistas como pioneiras e desbravadoras. Nesse contexto, poucos eventos poderiam ser tão oportunos como a mostra Mulheres, câmeras e telas, da Cinemateca Brasileira, em São Paulo, que inclui da pioneiríssima atriz, produtora e diretora Carmen Santos a jovens realizadoras de hoje, como Julia Murat e Juliana Rojas, passando por Tata Amaral, Eliane Caffé, Laís Bodanzky, Anna Muylaert, Lina Chamie e outras.
Ficção e memória
José Geraldo Couto
17.06.16
Dois filmes brasileiros muito fortes estão entrando em cartaz: Big Jato, de Cláudio Assis, e Trago comigo, de Tata Amaral. O que eles têm em comum, a despeito de suas diferenças radicais, é o fato de lidarem com a memória como tema e como elemento de construção narrativa. Em Trago Comigo o assunto, grosso modo, é a ditadura militar que vigorou no Brasil entre 1964 e 1985. Mais especificamente, a brutalidade da repressão aos que se opunham a ela nos chamados “anos de chumbo” (final da década de 60, início da de 70). Dito assim, soa um tanto déjà-vu. Mas é aí que o filme dá mais uma volta no parafuso, ganhando em contundência política e relevância estética.
Fantasmas no cinema nacional
José Geraldo Couto
14.06.13
José Geraldo Couto comenta duas estreias muito distintas em tema, estilo e ambientação, mas que têm em comum personagens assombrados por fantasmas: A memória que me contam, de Lúcia Murat, e Noites de Reis, de Vinícius Reis.