Qual é o problema?
Bernardo Carvalho
21.06.16
Bernardo Carvalho lembra que dados do FBI mostram que o risco de um indivíduo gay ser vítima de crime de ódio (cometido por americanos brancos) nos Estados Unidos é duas vezes maior do que para negros e judeus, e quatro vezes maior do que para muçulmanos. Afinal qual é o problema? Por que é preciso eliminar os gays? É preciso entender que o recrudescimento da repressão aos homossexuais sob a égide de populismos e oportunismos políticos e religiosos sinaliza um sério risco de perda dos direitos individuais para todos. É preciso entender que, mesmo não se debatendo com nenhum traço homossexual reprimido, a população que preza sua liberdade e seus direitos tem hoje muito mais a ver com os gays do que gostaria de imaginar.
Paris, o dia seguinte
Equipe IMS
21.11.15
Na noite de 13 de novembro, em Paris, Alex Majoli estava com um amigo no restaurante Chez Omar, a apenas duas quadras da casa de shows Bataclan. O fotógrafo da agência Magnum estava sem sua câmera, e fez alguns registros com o celular. No dia seguinte, câmera em mãos, saiu às ruas da capital francesa para registrar a reação das pessoas e a atmosfera nos arredores dos locais onde ocorreram os atentados terroristas levados a cabo pelo Estado Islâmico. O site da ZUM apresenta uma seleção dessas imagens e um vídeo feitos pelo fotógrafo italiano.
Guerrilha de ideias
Bernardo Carvalho
14.01.15
Tanto o quadrinista Joe Sacco como o escritor Teju Cole são nomes respeitados em suas áreas. Mas, em seus comentários sobre o atentado ao Charlie Hebdo, é como se eles se dirigissem a um público ignorante e ingênuo, que ainda acreditasse num mundo livre de contradições, dividido entre mocinhos e bandidos. É como se atribuíssem ao Ocidente a mesma uniformidade que os islamófobos atribuem ao Islã.
Duas faces da guerra ao terror
José Geraldo Couto
19.02.13
Quis o destino - ou a mão invisível do mercado cinematográfico - que dois fortes concorrentes ao Oscar deste ano, Argo e A hora mais escura fossem filmes que podem ser englobados no tema geral da "guerra ao terror", mais precisamente da hostilidade recíproca entre norte-americanos e muçulmanos "radicais", a guerra nada fria de nossa época.