Elogio do filme ruim
José Geraldo Couto
25.05.18
O filme ruim é muitas vezes preferível ao mediano (vale dizer medíocre) e mesmo ao filme “bom”, mas anódino, inercial, sem alma. Com seus tropeços e excessos, sua pedagogia do erro, o filme ruim frequentemente diverte, emociona, incomoda, faz pensar na natureza do cinema como diversão popular, atração de feira, brincadeira da imaginação.
Apologia do esquisito
José Geraldo Couto
30.09.16
Não li a trilogia O lar da senhorita Peregrine para crianças peculiares, de Ransom Riggs (publicada no Brasil pela editora Intrínseca), mas não é difícil perceber por que Tim Burton se interessou pela história e a transformou em seu novo filme. Crianças peculiares habitam desde sempre a filmografia do cineasta e o tipo de fantasia presente no livro é o mesmo do seu universo, em que se entrelaçam o sinistro, o cômico e o maravilhoso.
O lugar do artista em “Birdman” e “Grandes olhos”
José Geraldo Couto
30.01.15
Há filmes que parecem melhores do que efetivamente são e outros que são melhores do que parecem ser. Grandes olhos, de Tim Burton, está no segundo caso, e Birdman, de Alejandro Iñárritu, no primeiro. Sei que muitos discordarão, e terão como argumento a penca de indicações de Birdman ao Oscar. Ossos do ofício.
Antes que o mundo acabe
José Geraldo Couto
14.12.12
O mundo pode não acabar, mas o fim do ano está logo ali, e com ele começam a pipocar as retrospectivas, balanços, votações e listas dos melhores da temporada. Foi um bom ano para o cinema? Depende do ponto de vista e dos critérios adotados. Se o parâmetro for o surgimento de bons filmes, nacionais e estrangeiros, é possível dizer que sim, 2012 foi animador.