2018 e suas memórias
Carla Rodrigues
16.05.18
Recebi um convite para uma reunião da turma da escola, 40 anos de conclusão do segundo grau. Penso nesses 40 anos quando vejo em torno de mim todas as homenagens aos 50 anos de Maio de 1968, seu espírito revolucionário, suas promessas de futuro que ainda estão aí, ora nos assombrando como fantasmas, ora nos animando a ir às ruas de novo e mais uma vez. Há debates, livros, seminários, e há sobretudo o fato de que, se na França ou na Alemanha 1968 é um marco em direção a um novo futuro, no Brasil é o ano do assassinato, pela polícia, do estudante Edson Luís, da Passeata dos Cem Mil e da decretação do AI-5.
A bandeira da Síria em seu perfil
Paulo Raviere
05.04.18
O problema não é postar o sentimento solidário, mas transmitir essa compaixão com superioridade, fiscalizar o luto dos outros, conceder cliques como quem assina manifestos. Algumas causas são mais urgentes que outras, mas a irrelevância dos resmungos é equiparável.
#ironia
Pedro Telles da Silveira
22.08.13
Pedro Telles da Silveira explora o uso da hashtag como marcador de ironia, junto a um pequeno histórico das tentativas de lidar graficamente com as ambiguidades da linguagem. Para o autor, se vivemos num mundo onde a ironia é um modo de vida, talvez seja preciso resgatar todo o risco - inclusive de mal-entendidos - que a ironia incita, e não mais apenas domesticá-la.