José Geraldo Couto

A ruptura do realismo em duas frentes

José Geraldo Couto

27.05.16

Dois filmes brasileiros que estão entrando em cartaz buscam romper, por caminhos bem diferentes, os limites do realismo que tem marcado nossa produção cinematográfica recente. Falo do gaúcho Ponto zero, de José Pedro Goulart, e do paulista Uma noite em Sampa, de Ugo Giorgetti.

Dólares, areia, Geraldine e Abujamra

José Geraldo Couto

01.05.15

Dólares de areia é um corpo estranho no aviltado circuito exibidor brasileiro. Dirigido pelo mexicano Israel Cárdenas e pela dominicana Laura Amelia Guzmán, é uma coprodução entre os dois países e trata justamente de trocas e entrechoques culturais, sociais, geracionais. No fundo, é também um filme sobre corpos estranhos: estranhos uns aos outros e estranhos a um público habituado ao padrão biotípico hollywoodiano.

Haja hoje para tanto ontem

José Geraldo Couto

19.04.13

Hoje, de Tata Amaral, apresenta uma ex-guerrilheira atormentada por fantasmas do passado. Mesmo concentrando a ação num único dia, trabalha com um tempo híbrido, feito da interpenetração entre passado e presente. Fazendo uso da mesma faculdade cinematográfica de criar um território maleável e onírico, Vocês ainda não viram nada traz Alain Resnais em plena forma, retomando um dos eixos centrais de sua obra: o questionamento e a construção simultâneas da narrativa de ficção.

Luxo para todos

José Geraldo Couto

19.08.11

Devo confessar, porém, que vou pouco ao teatro. Não chego a ser da turma do "Vá ao teatro, mas não me convide", mas quase sempre acabo optando pelo cinema na hora de sair de casa. No cinema, se o filme for aborrecido, a gente pode cochilar ou sair no meio sem criar constrangimento. No teatro, somos frequentemente acometidos pela "vergonha alheia", quando não pelo ímpeto de subir ao palco e esganar certos atores, ou pedir a cabeça do diretor.