Antônio Xerxenesky

Amor,

Antônio Xerxenesky

22.02.18

Todo mês a seção Primeira vista traz textos de ficção inéditos, escritos a partir de fotografias selecionadas no acervo do Instituto Moreira Salles. O autor escreve sem ter informação nenhuma sobre a imagem, contando apenas com o estímulo visual. Neste mês de fevereiro, Antônio Xerxenesky foi convidado a escrever sobre uma foto de Henri Ballot tirada em Nova York em 1961, uma das imagens expostas em O caso Flávio.

Beleza não pragmática

Antônio Xerxenesky

20.03.17

Na época da especialização desmedida, é perfeitamente possível alguém ser um dos maiores intelectuais em história da arte e ainda assim não ter a menor noção do que existe dentro de um átomo para além do modelo aprendido na escola, no qual um elétron orbitava um núcleo como um pequeno satélite ao redor da Terra. Os “livros de divulgação científica” buscam saltar o abismo criado na sociedade contemporânea entre o ensino de exatas e o de humanas.

Mosaico de cartas

Antônio Xerxenesky

25.10.16

Noventa e anos atrás, a ousadia de João do Rio em definir como romance A correspondência de uma estação de cura, formado por 37 cartas, não foi bem compreendida. (Marta Barcellos)

Fantasma na máquina

Antônio Xerxenesky

18.10.16

"Quando finalmente olhei para dentro de mim e descobri o que eu queria dizer desde o início – que Blackwell é uma história sobre isolamento urbano – os games melhoraram muito". Um perfil de David Gilbert, da Wadjet Eye, produtor e autor de games independentes celebrados pelos temas inusitados e pela qualidade da narrativa, como The shivah e a série Blackwell.

Super Piano Bros

Antônio Xerxenesky

07.03.16

A música instrumental brasileira nunca foi exatamente popular, mas tornar a produção nacional na área mais conhecida sempre foi um dos objetivos de Alexandre Dias, fundador do Instituto do Piano Brasileiro. Para isso, Alexandre recorreu a outra paixão sua, os videogames. Como experimento, lançou dois vídeos unindo cenas de jogos clássicos como Super Mario Bros e Chrono Trigger a uma trilha sonora de piano brasileiro cuidadosamente escolhida.

Fotografando o novo IMS

Antônio Xerxenesky

16.02.16

Há mais de dois anos, Bruno Fernandes frequenta a obra que ocupa um trecho estreito da fileira de prédios da Av. Paulista, quase na Consolação. Na época, a obra não passava de um terreno plano, e estava longe de ser esta estrutura de vários andares que visitamos e que virá a compor, em 2017, o novo IMS de São Paulo.

Faces de Oppenheimer

Antônio Xerxenesky

11.01.16

Robert Oppenheimer: A Life Inside the Center, de Ray Monk, é a mais recente biografia sobre o cientista norte-americano, que já teve sua vida dissecada em vários outros livros. O triunfo de Monk está na sua prosa cuidadosa e fluente, e em tratar Oppenheimer como se fosse um multifacetado personagem de ficção. Oppenheimer é o enigma, Ray Monk é o detetive, o leitor é seu cúmplice.

Aceitar imagens – quatro perguntas a Michael Wesely

Antônio Xerxenesky

15.12.15

Na av. Paulista, aos poucos se delineia a estrutura do novo museu do IMS em São Paulo. Para registrar essa nova peça do cenário paulistano, o IMS fez uma parceria com o artista alemão Michael Wesely, conhecido pelas suas imagens em longa exposição que condensam vários anos em uma só fotografia. Wesely discute o uso de tecnologia digital, as dificuldades no posicionamento de câmeras e de como lidar com o imprevisível nesse tipo de trabalho.

Aventuras desmemoriadas

Antônio Xerxenesky

25.06.15

O escritor nipo-britânico Kazuo Ishiguro, conhecido pelo realista Os resíduos do dia, surpreendeu seu público ao lançar, após um silêncio de dez anos, um livro de temática medieval e fantástica, com direito a dragões e ogros. Seu uso de elementos fantásticos foi considerado superficial por alguns, mas há muito o que celebrar no experimento do autor, que oferece novas perspectivas a um gênero que sempre corre o risco de cair na estagnação.

Horror onírico

Antônio Xerxenesky

09.06.15

Dois filmes de terror de 2014 se destacaram entre a crítica: o australiano Babadook, e It Follows, do americano David Robert Mitchell. Este último, à primeira vista, parece ser mais uma obra nostálgica que homenageia o terror dos anos 1970 e 1980. No entanto, o que possui em comum com o cinema de Argento e outros está na lógica de sonho que propõe encenar.